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Dois meses de confinamento e começou a minha pálida reconstrução laboral na qual noto que estes dois meses me deixaram com uma ferrrugem diabólica para o meu trabalho e depois as férias que eu tinha pedidas para a semana do Santo António foram-me recusadas e se o horário provisório for mantido, vão ter que me pagar o feriado que se lixam.
Confesso que fique desiludido com a recusa porque estava a contar com aquela semana para ir almoçar com o pessoal do curso de formação nem que fosse uns frangos assados num jardim e umas garrafas de cola ou algo assim para partilhamos experiências deste ano que passou desde do fim do nosso curso.
Ainda não me caiu a ficha do novo horário e ainda estou numa fase de clara habituação porque a esta hora estaria a trabalhar pelo antigo horário e não se sabe quando volto a normalidade, aliás normalidade é uma palavra que não vai existir no léxico nacional durante uns tempos longos devido a esta pandemia.
Nesta nova situação vamos ver como a a vida me corre e esqueci-me de pedir ajuda especializada ao meu neurologista em relação aos meus problemas mentais e isto poderá ser prejudicial no futuro para mim neste desconfinamento, mas o melhor que faço agora nesta fase é ler e ver filmes na TV porque agora até estou a ler um livro bastante interessante e que me está a dar um gozo partilcuar a ler.
Vou ver como vou me adaptar gradulamente ao novo horário, se eu notar que estou a acumular falhas eu prórprio saio e mudo de agulha nem que volte aos cursos do IEFP porque tenho que pensar também na minha sanidade e esta situação de pandemia e estar num call center que lida com um sector que foi directamente afectado por esta pandemia não é das melhores coisas para uma pessoa com problemas de nervos trabalhar.
A ver vamos como as coisas param ...
Hoje as dores de cabeça me massacraram e recebi uma notícia de última hora que voltar ao activo mesmo amanhã, mas manhã tenho consulta do neurologista e não posso faltar a mesma e vou a consluta e depois vejo o que vai resultar.
O meu médico não vai ficar agradado do facto de eu estar a fazer horas constantemente e vai ver os exames médicos feitos quando eu tive o problema renal e vamos ver qual vai ser o parecer dele.
Ainda vou ver se o médico não me vai mandar para casa devido a fadiga extra de estar há mais de um mês a fazer horas extras há mais de um mês e corpo em si já nota estes sinais de fadiga extremada.
Se não gostarem que eu falte por eu ir ao médico, tenho pena, primeiro está o direito à saúde e depois neste caso em particular não me podem por na rua e se me porem acciono o tribunal de trabalho e nem me vou dar ao trabalho de pedir a readmissão, vou partir mesmo para outra solução laboral porque fico com a sensação que aquele Call Center já deve estar a dar o canto do cisne e mais tarde ou mais cedo vou-me juntar a legião de desempregados e eu em parte nem me importava de voltar aos cursos do IEFP para cortar com este stress insano que tem sido este confinamento e com o stress de um emprego que fico a pensar que mais valia nem ter tido o trabalho de aceitar....
E foi mais um dia que parece ter sido o último de confinamento
Mais um dia se passou com as trapalhadas da DGS e um dia cheio de trabalho com muita fadiga e pensar que um dia esta espécie de construção nacional vai estar concluída e este confinamento em casa em teletrabalho vai acabar um dia destes.
Estou optimista mas não muito porque basta algo muito leve como um grão de areia para tudo cair como um castelo de cartas e nos tempos livres vou lendo e vendo televisão para manter alguma sanidade mental que por vezes fica nos limites tanto trabalho em cima de uma pessoa só e não raras vezes penso se não seria melhor eu ir para um curso do IEFP ou mudar de agulha aproveitando a reconstrução.
Estou a fazer há varios dias horas extras e a fadiga começa a se acumular e e depois a psique já há muito que dá sinais de fadiga e de outros sinais provocados pelo confinamento que parece estar próximo do fim mas ao mesmo tempo disante deste mesmo fim como fosse uma espécie de suplício de Tântalo.
Questiono-me se ainda valerá a pena a continuar a trabalhar nas condições como estou e por quanto tempo este emprego ainda irá durar ou se terei que me preparar para o pior, ou seja, o retorno ao RSI e aos cursos de curta duração que nunca têm o interesse de um curso de longa duração ou raramente têm o mesmo interesse.
Cheguei a um ponto que só mes resta esperar pelo dia seguinte e pelas novidades que posso vir.....
Dia de trabalho estragado com uma crise de asma sem precisar de ida ao hospital, o que cortou o rtimo de trabalho que poderia ser melhor.
Sei que esta candência de estar a fazer horas extras todos os dias está ser pesada e vou perguntar a minha supervisora se posso parar com esta rotina porque o meu corpo já não está a aguentar muito este peso em cima do lombo e o cansaço mental depois se reflecte no resto do corpo.
Esta meu vício de trabalhar poderá me tramar, mas não consigo estar parado é contra minha maneira de ser, mas outro lado não posso abusar e tenho consciência que estou a abusar e isto vai ter um custo e isto é grantido e não posso estar com fintas e rodeios.
Por outro lado um dos meus antros de outro meu vício já reactivou as actividades o que para mim até pode ser bom e tudo depende desta segunda fase da reconstrução que começou ontem e da qual só se pode ter alguma ideia no fim da semana.
Outro ponto que não posso esquecer é que o meu neurologista não vai aprovar este meu ritmo de trabalho e vai-me obrigar literalmente tirar-me das horas extras por motivos de saúde e faltam menos de duas semanas para a consulta de rotina e quando tive a pedra dos rins ainda antes do confinamento, foi detectado um quisto nos rins e vamos ver se este quisto ainda não ter consequências para o meu lado e estou a espera da resposta do meu neurologista.
Vou ver como as coisas me correm ....
Já está quase a completar dois meses este suplício e apesar dos número da pandemia o disserem, não vejo fim a vista e mesmo dizendo que tudo vai melhorar, mas não sei porquê, algo dentro de mim diz que algo não vai ser assim como dizem.
O dia de hoje foi um dia de descanso e algumas tarefas domésticas que já pediam para ser feitas e assim foram feitas, mas o cansaço e fadiga extrema não me largam e desconfio que tenha que a ver com as horas que passo agarrado ao trabalho e e sempre a sair fora do horário o que pode ser a causa desta fadiga extrema.
Pode ser também um esgotamento mental ou que se chama o burnout que nunca me aconteceu quando o call center estava operacional porque eu fazia pausa e eu em teletrabalho pura e simplesmente só façao pausas para ir a casa de banho e comer, como a pressa e sempre a trabalhar ao mesmo tempo.
Já sei que o meu neurologista não vai aprovar o sistema de trabalho que uso no teletrabalho sem pausas, mas as horas extras sabem bem no final do mês e vamos ver como as coisas correm durante os dias de confinamento porque eu já me sinto farto de estar em casa sempre agarrado ao computador e se não estou ao computador estou a ler e só não faço isso nas minhas folgas, por vezes penso que mais valia ter-me despedido e ter ido pedido o RSI e não pensar em voltar enquanto a reconstrução não estivesse concluída, por outro lado precio de trabalhar para sustentar a minha família....
É um tremendo dilema para o qual não tenho qualquer resposta nem hei de achar.....
Mais um dia de trabalho já com o software de trabalho acualizado e com uma enxaqueca daquelas porque mal dormi de noite porque tive uma noite de pesadelo porque foram mexer com coisas que não deveriam de ter mexido e hoje pura e simplesmente não vi o telejornal e por acaso enquanto o caso da pequena Valentina não estiver resolvido e não mudarem de canal então eu vou fazer o teletrabalho para a rua e quero lá saber da multa.
Se querem saber novidades sobre o assunto oiçam rádio e com fones como eu faço quando quero ouvir heavy metal, ao menos não incomoda quem está a volta.
De resto em termos laborais foi dia tranquilo embora afectado pela enxaqueca que não me largou de forma nenhuma e faltando duas semanas para a minha consulta do neurologista é mais uma preocupação para mim porque mais informação tenho que passar ao médico e isto pode ser uma situação que me afaste do meu trabalho por motivos de saúde.
Vou tentar ser mais forte que estes problemas mesmo que eles aparentem ser mais fortes que eu e depois vejo o que a sorte me reserva porque é mesmo assim estou nas mãos do destino e daquilo que eu fizer dele porque sou eu que o escrevo, pelo menos penso assim embora haja quem pense de forma diferente.
Foi um dia com dores físicas e espirituais em igual peso e que no dia seguinte se vão sentir no meu corpo, mas tenho que as vencer, tenho que ser mais forte porque nestes 41 anos de vida já tenho a minha dose de dores e estas dores das quais estou em fase de recuperação apenas são mais algumas que entram para a lista...
Mais um dia de trabalho onde o trabalho foi o escape para eu fugir de recordações de infância que estavam no fundo da minha memória, as quais não queria lembrar por nada deste mundo.
Foi um momento de pesadelo do qual quase nem pode fugir se não fosse o facto de estar a trabalhar com música bem alta o que ajudou a esquecer esta dor da alma que me consumiu bastante o espírito.
Dei por mim a trabalhar de forma mecânica porque há eventos transmitidos pelas notícias que trazem o pior de nós ao cima e fazem recordar coisas esquecidas e que estão arquivadas numa qualquer subcave da nossa memória e se não fosse o meu hábito de ouvir música enquanto trabalho, eu simplesmente ontem não teria conseguido trabalhar e teria que procurar ajuda psiquiátrica num hospital mesmo que me contagiasse de forma acidental com o Covid-19.
Tenho memórias da minha vida que gosto e quero manter esquecidas e só me acalmei ao ver durante a madrugada o concerto de tributo a Freddie Mercury, porque se não a esta hora nem dormir eu tinha conseguido e considerar alguns seres "humanos" é forçar muito a definição do conceito de Humanidade.
Hoje para mim vai ser dia de trabalho e quem me fizer algo que me recorde a infância tenebrosa que eu tive, vou ficar chateado com esta pessoa seja qual for porque há coisas que eu não quero lembrar por nada deste mundo, sobretudo estando a trabalhar em casa.
Dei um passeio no meu dia de descanso e deitei um olhar pelas lojas apesar da chuva e ver tudo fechado por casua desta pandemia foi muito doloroso de ver e algumas até que se poderiam adaptar caso o quisessem, mas ou má vontade ou sempre contar com o turismo foi a sua condenação e deixa espaço para outros.
Por outro lado vi que estava mesmo a precisar de sair porque estar fechado sempre a trabalhar e com os ascultadores a debitarem música para me manter concentado nesta espécie de back-office que faço não é muito saudável para a psique de ninguém e tive mesmo que apanhar apesar da chuva de Maio assim um pouco deslocada no tempo.
Não sei se a reconstrução que está a ser feita com passos de bebé vai safar o meu posto de trabalho, mas hoje notei que preciso mesmo de uma ajuda para a minha saúde mental porque não ando mesmo bem e depois trabalho tanto que voltaram as enxaquecas "kamikaze" que atromentaram tanto a mim quando a minha mãe ainda era viva e sei quando elas aparecem nunca é bom sinal para mim.
Amanhã mais um dia de trabalho para tentar chegar aqueles objectivos impensavéis porque tenho que ter algum brio profissional e não sou nenhum chatbot e depois quem sabe no domingo se dou uma volta na tradução que deixei em banho-maria e ando a contar os dias para ir a consulta do neurologista porque estou mesmo, mas mesmo a precisar de ajuda na saúde mental e daqui a pouco estou a ligar para á area do Saúde 24 que cuida desta área e aproveitar que o meu operador de comunicações está a oferecer as chamadas para o Saúde 24.
Este confinamento já não está a ir lá com os meus vícios: leitura e café e nem ouvindo os Queen ou alguma banda de metal gótico a coisa vai ao sítio, apenans quero ver esta reconstrução nacional feita antes que eu tenha que mudar de agulha laboral por motivos de saúde
Ontem foi um dia que passei a trabalhar para não pensar no caso da pequena Valentina porque até o dia de trabalho me correu relativamente bem porque estive mesmo numa especie de concha protectora; esta concha me manteve protegido das possíveis dores da alma provocadas por este caso que marca qualquer um de nós.
Tirando isto noto que vou precisar de ajuda para a minha saúde mental porque noto que não ando bem devido a este confinamento e tenho que arranjar forma de sair de casa nas minhas folgas antes que a minha saúde mental fique mesmo num estado de sem recuperação ou próximo e também para tentar me adapatar a um suposto retorno ao call center que não sei quando é que vai acontecer e se este mesmo acontecer.
Gostava de estar mais optimista em relação a esta pandemia, mas não consigo ficar e não sei porquê; talvez seja devido ao tempo que tenho passado em casa fechado a trabalhar que nem um perdido para segurar o meu contrato de trabalho e o meu salário ao final do mês e até que fis bem pedir férias interpoladas porque teria outro bloco de férias na semana do Santo António que seria a contar com um possível almoço com a minha "segunda família" que devido a esta maldita peste está fora de questão e se forem aprovadas ficam para outras coisas que sejam precisas.
Será que estou mesmo bem estando assim, estando num estado de sanidade semelhante ao da personagem Pink do filme The Wall, mas sem os pensamentos estranhos do mesmo porque ainda não atravessei aquela fina linha que separa o desespero e a depressão da mais pura insanidade...
Nem sei mais o que fazer
Mais um dia de trabalho, mais um dia de fadiga mental e física com uma raiva das autoridades de saúde que até fico com maus fígados porque nunca sabem o que dizem ou que querem; parecem uns doidinhos onde nem sabem onde meteram as pantufas ou as ceroulas e andam a procura do tempo perdido como fosse Marcel Proust.
E por isso me dedico ao trabalho para tentar me isolar de um mundo que me torna depressivo e triste, onde perco a autoestima ao longo dos dias e depois conflitos na minha faília de sangue ainda aumenta esta situação para além de chata.
Tornei um trabalho chato e depressivo numa espécie de anti depressivo para os tempos que vêm e que passaram, pelo menos até o médico me dar alguma resposta depois da consulta de rotina e estou com grand espectativa em relação a este dia em particular porque não sei o que ele vai decidir em relação a minha saúde.
Por vezes tenho vontade de desisir de tudo, mas por outro lado não posso; é uma terrível dualidade cada vez mais dolorosa de se viver com ela e cada vez mais difícil de se suportar.
Só sei que só tenho que esperar pelo dia de amanhã para esperar e respirar e tentar ter alguma boa disposição que não raras vezes é igual a uma nulidade.
Estou farto de um governo que só governa a favor dos seus, estou farto desta peste chinesa e chego a pensar que estou farto da vida....
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